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Uma manicure de 36 anos denunciou uma professora do Centro Municipal de Educação Infantil Professor Herivelto de Souza, de Santo Antônio da Platina/PR, por agressão a sua filha de 3 anos. O caso foi registrado na Polícia Civil e a criança encaminhada para exame de corpo de delito em Jacarezinho/PR.

Neste momento, o Portal Tá No Site não divulgará os nomes dos envolvidos por entender que a Polícia Civil ainda precisa apurar os fatos, já que envolve uma criança de apenas 3 anos.

Segundo a mãe, ontem (24), por volta das 13h40, ela recebeu uma ligação da direção da creche pedindo para fosse buscar a filha, que estava chorando e apresentando um estado febril. Ao chegar no estabelecimento, a criança estava no colo de uma funcionária, e quando questionada sobre o que havia acontecido, a menina disse que a professora havia batido nela em dois locais: na testa e em um dos olhos. Os pais fizeram um vídeo da criança mostrando onde ela foi atingida.  “Fiquei meio confusa naquela hora, mas como haviam me falado que ela estava com febre preferi ir ao Posto de Saúde para verificar. Quando chegamos lá, ela começou a vomitar, mas não apresentava febre. Fui orientada a ir ao Pronto-Socorro e lá a médica que nos atendeu também ficou preocupada com o vômito, e com a possibilidade de ela ter tido qualquer tipo de trauma na cabeça. Por isso nos enviou para Jacarezinho para fazer uma tomografia. Graças a Deus, o exame não apontou nenhuma lesão”, disse.

Para a mãe, a menina não teria condições de mentir sobre o ocorrido. “Em primeiro lugar, ela é muito boazinha. Não é de fazer confusão em lugar nenhum. E depois, uma criança na idade dela não mente assim. Ela sequer teria motivo para isso”, avaliou.

A mãe ainda salientou que quando a filha contou que havia sido agredida, a funcionária que estava com ela no colo disse que a professora dela era a mais “boazinha” da escola. “O fato é que ela disse claramente e perto da funcionária, que a “tia” havia batido nela. Depois perguntei o motivo e ela disse que era porque estava fazendo bagunça. Eu entendo que trabalhar com crianças é exaustivo e estressante, mas a pessoa deve saber que existe limite para tudo. Se ela não está bem emocionalmente, que peça uma licença, vá ao médico, mas não bata nas nossas crianças. Quando deixamos nossos filhos na escola, confiamos em toda a equipe, vamos trabalhar despreocupados por achar que as crianças estão seguras. É um choque descobrir que não estão tão seguras como imaginamos”, comentou.

A mãe tem mais cinco filhos, e disse que nada parecido aconteceu com nenhum deles. “Tenho filhos jovens já, e todos eles passaram pelo período escolar sem nenhuma ocorrência desse tipo”, disse contando que tanto ela quanto o marido precisam trabalhar para sustentar a casa. “Não posso ficar em casa direto. Sou manicure e vou nas residências de minhas clientes, o que significa que em certos horários preciso sair e por isso, ela vai para a creche”, explicou.

Ainda quanto a agressão, a manicure disse que tem visto postagens nas redes sociais de familiares alertando os pais para que examinem seus filhos pequenos na volta da escola. “Tem uma avô que postou a foto da perna de sua neta, com vários hematomas. Ela desconfia também de possível agressão. Como são muito pequenas, tem gente que não leva a sério suas queixas, mas é preciso lembrar que nessa idade (três, quatro anos), as crianças não sabem mentir”, disse.

Agradecimento – Assim que a direção da escola chamou a manicure para pegar sua filha que estaria com febre, ela iniciou uma peregrinação nos setores da saúde pública para socorrer a menina. “Só tenho que agradecer e elogiar a nossa Saúde. No Pronto-Socorro, minha filha teve atenção total da médica, que na dúvida se ela teria tido algum trauma encaminhou direto para Jacarezinho para fazer tomografia. O vômito depois de uma batida na cabeça pode ser sinal de algo mais grave, por isso a médica não perdeu tempo”, contou. “Eles são maravilhosos. Não tivemos que esperar nem enfrentar fila. Assim que expliquei o ocorrido, fomos atendidos de imediato. Meus sinceros agradecimentos a todos eles”, concluiu.

Boletim de Ocorrência - Hoje, por volta da hora do almoço, mãe e filha foram até a Delegacia de Polícia Civil para registrar um Boletim de Ocorrência. Logo após serem atendidas, ela enviou cópia do documento à redação do Portal Tá no Site.

Investigação – O delegado Rafael Guimarães atendeu a reportagem do Portal Tá No Site. Segundo ele, o caso está sendo apurado. “A mãe esteve aqui e contou sua versão. Encaminhamos a criança para fazer exames corporais no IML (Instituo Médico-Legal) em Jacarezinho. Também vou requisitar os documentos médicos, vamos ouvir a versão da professora, inclusive saber se o estabelecimento tem câmeras de vigilância e, se tiver, assistir para ver se aparece algo nas imagens”, detalhou. O delegado disse que é muito cedo para emitir algum juízo do que aconteceu. Perguntado se é comum surgirem casos de agressões contra crianças em creches, ele disse que em cinco anos que atua em Santo Antônio da Platina, não se recorda de ter atendido situação semelhante. “Pode até ter acontecido, mas ninguém registrou a ocorrência. Quem sabe agora, com a divulgação, os pais ou responsáveis se sintam encorajados em denunciar”, comentou.

Lesão Corporal - No final da tarde, a mãe entrou em contato com a redação para dizer que o exame de corpo de delito apontou uma lesão abaixo de um dos olhos da menina, exatamente no local que ela dizia ter sido agredida. “O perito perguntou para ela se a pessoa usou a mão aberta ou fechada para bater e ela disse que foi fechada, ou seja, um murro”, contou.  

Educação Municipal - O Portal Tá No Site também procurou a secretária municipal da Educação, Adriane Cavatoni Vicário para saber se a secretaria estava apuando os fatos e quais as medidas seriam tomadas. No final da tarde, Adriane enviou uma nota de esclarecimento: veja abaixo na íntegra. 

Nota de Esclarecimento - A Prefeitura de Santo Antônio da Platina, através da Secretaria Municipal de Educação, informa que já está tomando todas as medidas cabíveis sobre o suposto ocorrido com uma aluna do Centro Municipal de Educação Infantil Professor Herivelto de Souza. A secretaria esclarece que não recebeu nenhuma denúncia ou pronunciamento dos pais da criança e que tomou conhecimento sobre o caso somente hoje (25) através da direção do Cmei. A situação foi registrada em ata pela direção do Cmei e a equipe pedagógica ouvida pela secretária de educação Adriane Cavatoni Vicário, que está tomando todas as providências para elucidar os fatos com orientação da assessoria jurídica municipal.

Fonte: Gladys Santoro Biaggioni - Tá No Site

 
Postada no dia 2022-08-26 11:33:09









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