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William de Oliveira Camilo, 34, natural de Lucélia/SP, é quem dirigia a carreta carregada com adubo que caiu da ponte do Ubá na manhã deste sábado (7), no km 33 da BR-153, entre Santo Antônio da Platina/PR e Jacarezinho/PR.

O corpo do motorista foi retirado das ferragens da cabine do veículo após três horas de trabalho intenso das equipes de resgate, e recolhido ao Instituto Médico-Legal de Jacarezinho.

Conforme apurado, o motorista não teria conseguido frear a carreta e tentou desviar de outros dois veículos à sua frente que reduziram a velocidade em razão de uma lombada implantada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) na cabeceira da ponte. A carreta atingiu a mureta de proteção e despencou da estrutura ficando completamente destruída após atingir o solo.

Tragédia anunciada

As causas do acidente ainda são desconhecidas pelas autoridades e serão investigadas, no entanto, segundo alguns motoristas ouvidos pela reportagem, uma das lombadas implantadas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) nas cabeceiras da ponte para reduziu a velocidade dos veículos pode ter contribuído para a tragédia.

Ouvido pela reportagem do Portal Tá No Site em novembro, o proprietário da Autoescola Preferencial de Santo Antônio da Platina, Ivonei Clauer Bozi, ex-presidente do Conselho Municipal de Trânsito e formado em Educação e Gestão de Transito pela PUC de Curitiba, citou a Resolução número 600 de 24 de Maio de 2016 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para alertar que as lombadas naquele trecho da rodovia sãDe acordo com o Contran, no caso de rodovias, as lombadas, ou ondulações transversais, são aceitas somente em determinadas situações, como, por exemplo, se elas forem instaladas em trechos urbanos das rodovias, o que não é o caso da Ponte do Ubá.

Segundo Ivonei, a instalação de lombadas em plena rodovia só seria viável como última opção, e mesmo assim seguindo regras importantes para evitar acidentes, como “não colocar em local onde há curva, que dificulte a sua visualização, e também não usá-las em declividades”. Ou seja, as duas situações se encaixam exatamente na localização da ponte, que fica em um declive acentuado, que termina em uma curva. Também há uma questão relacionada ao comprimento e altura das ondulações, para garantir a segurança dos veículos.

Fonte: Luiz Guilherme Bannwart com Tabajara Notícias

 
Postada no dia 2023-01-08 10:21:03









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